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Programa Tempo de Aprender atua como importante aliado do professor alfabetizador em sala de aula

Docente de Minas Gerais conseguiu alfabetizar 80% da turma após colocar em prática metodologia de ensino

Imagem professora Rute Bráz

O dia 15 de outubro, data em que o professor é celebrado, reforça a importância desses profissionais conhecidos pelo seu cuidado, dedicação e amor ao ofício em sala de aula. A alfabetização, uma das etapas mais desafiadoras na vida escolar da criança, se estabeleceu como a principal área de atuação da professora Anael Filgueiras. Neste ano, após colocar em prática as formações oferecidas pelo Ministério da Educação (MEC), ela alcançou o surpreendente resultado de alfabetizar 80% da sua turma no tempo recorde de quatro meses.

Com 25 anos de experiência nesse campo, sendo os últimos dez como docente na Escola Municipal Professora Rute Bráz, em Capim Branco, município de Minas Gerais, ela reformulou seus planos de aula utilizando o Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) e os conteúdos disponibilizados na Plataforma Avamec – Ambiente de Aprendizagem Virtual do MEC. O desafio diante da Professora Anael era intenso já que combateria a defasagem escolar dos anos anteriores aprofundada pela pandemia de Covid-19.

“Eu sempre alfabetizei meus alunos e achava que estava tudo certo, não imaginava que existissem soluções mais interessantes que as que eu já usava. Comecei a fazer os cursos e me encantei, porque as crianças sofreriam muito menos para aprender, com muito mais facilidade para reconhecer letras, sons, construir frases. De uma facilidade incrível. Eu tenho experiência hoje para provar que o programa vale a pena. Quando eles começam a ler, gritam de alegria, ficam eufóricos”, detalha a professora.

A turma de 23 crianças, ministrada pela educadora, entrou em contato pela primeira vez, em fevereiro deste ano, com os materiais e recursos pedagógicos disponibilizados pelo Programa Tempo de Aprender, da Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, que contempla todas as ações cujo objetivo é alfabetizar com qualidade os estudantes brasileiros. Outro exemplo é o GraphoGame, aplicativo gratuito, que auxilia os estudantes a aprenderem a ler e escrever as primeiras letras, sílabas e palavras, com sons e instruções em português do Brasil.

A ferramenta passou a ser utilizada diariamente ao final das aulas na classe de Anael, uma maneira de encerrar as atividades do dia de maneira mais leve e sem deixar o conteúdo de lado.

“Eu tenho muito orgulho de falar sobre o Tempo de Aprender porque abriu meus horizontes. Eu obtive muitos resultados positivos e faço questão de compartilhar com outras pessoas. Foram muitas respostas que nos trouxeram segurança e conforto como educadora. A gente fala que por meio do programa, alfabetizamos em até seis meses, mas há alunos na minha sala que foram alfabetizados em menos de dois. Mas é um trabalho diário repetitivo com a criança. Se não for todos os dias, não obtém resultado”, completa.

Ainda devido à pandemia, a classe de Anael combinou estudantes do primeiro período do ensino infantil e do primeiro ano do ensino fundamental. Enquanto os mais novos aprendiam habilidades primárias, importantes para o desenvolvimento em comunidade, os maiores iniciaram o processo de alfabetização. Ao final, apenas as crianças faltantes às aulas não conseguiram ler e escrever dentro do mesmo período, resultado que impressionou a todos que se dedicaram ao processo.

Natália Mendes, mãe do estudante Brayan Miguel, faz parte do time de familiares que se surpreendeu com a velocidade do aprendizado. “Eu fiquei muito impressionada com a rapidez que ele aprendeu a ler e já escreve algumas coisas. Foi muito rápido o aprendizado da leitura e, eu como mãe e curiosa, perguntei para a professora o que ela tinha feito para ele aprender tão rápido. Ela me disse que usava o método do Tempo de Aprender e tinha feito alguns cursos no MEC, quando aprendeu a ensinar os sons das sílabas pelos sons das letras. Eu fiquei encantada”, avalia.

Antes de iniciar os estudos com os materiais do MEC, a professora acreditava na linha de pensamento que cada criança aprende no seu próprio tempo. “Porém, não é verdade. Todas as crianças aprendem ao mesmo tempo e da mesma maneira, se for usado o método certo. Método que ensina a criança no tempo certo. Todas as crianças são capazes de aprender juntas, com exceção de casos especiais ou se não tiver o apoio dos pais em casa”.

A pequena Paola Gomes Novaes, de 8 anos, contou com a importante assistência da mãe no início das aulas on-line, mas queria mesmo era autonomia para entender sozinha aquelas junções de letras e sílabas. “Eu não gostava muito de participar das aulas on-line, porque eu não sabia ler. Agora, sempre que tem alguma atividade lá na sala e a professora pergunta quem quer ler, eu falo que quero. Eu saí do meu casulo e virei uma borboleta linda e a professora Anael me ajudou muito”.

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC